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No âmbito do projeto ESIA - Educação para a Sustentabilidade, Inovação e Ambiente, a Direção Regional do Ambiente e Alterações Climáticas em colaboração com a Câmara Municipal do Porto Santo, dinamizou, no passado dia 29 de agosto, os dominós (avifauna, geologia e flora dunar) e uma visita à área de intervenção do projeto, para os participantes do ATL- Porto Santo Inclusivo.

A vinha leva de 3 a 4 anos para produzir as primeiras uvas em quantidade e qualidade suficiente para o seu consumo. Durante esse período, é necessário realizar os amanhos culturais necessários ao seu bom desenvolvimento, como rega, poda, fertilização, tratamentos fitossanitários, e garantir que a vinha alcance o seu potencial máximo de produção. Algumas vinhas podem produzir por mais de 100 anos, se devidamente cuidadas.

A cana-vieira é removida por 3 métodos distintos. No controlo físico efetuam-se cortes sucessivos com motorroçador, sem grande sucesso. No controlo mecânico recorre-se a uma pequena máquina retroescavadora equipada com um balde grelha que permite arrancar e peneirar os rizomas da areia. Nas manchas com recuperação das plantas nativas, aplica-se o controlo misto, que consiste em cortar a rebentação da cana-vieira e pincelar a secção de corte com um herbicida.

Conheça o trabalho de controlo de plantas invasoras desenvolvido na área de intervenção do LIFE DUNAS, neste pequeno spot de vídeo.
Aproveite para conhecer de perto os trabalhos do LIFE DUNAS, participando nas visitas guiadas promovidas até outubro. A próxima é já dia 30 de agosto!

Serão usadas apenas plantas naturais das dunas do Porto Santo e preferencialmente espécies indígenas/endémicas, atualmente presentes ao longo do cordão dunar. Estas são as sete espécies alvo: carqueja-mansa (Cakile maritima), corriola-da-praia (Calystegia soldanella), eufórbia-marítima (Euphorbia paralias), trevina (Lotus glaucus subsp. floridus), cabeleira-de-coquinho (Lotus loweanus), polígono-marítimo (Polygonum maritimum) e perrexil (Crithmum maritimum).

Considerando que as palmeiras são um elemento florístico e paisagístico abundante na ilha e que da sua manutenção resulta uma grande quantidade de folhas, a população local utiliza esta matéria-prima para a construção de paliçadas que, à semelhança dos muros de croché, permite a proteção contra os ventos e simultaneamente, nas áreas contíguas às dunas, permite suster o avanço da areia das dunas sobre a cultura da vinha.

A recuperação de uma parte significativa das dunas do Porto Santo, aumenta a resiliência das mesmas e contribui para a proteção de toda a extensão de costa em maior risco. Desta forma, há um aumento da proteção de vidas humanas e bens materiais face a eventos climáticos extremos. A recuperação do habitat que se verifica na área de intervenção do LIFE DUNAS melhora as condições microclimáticas. Além do mais, a utilização de plantas nativas é atrativa para uma panóplia de invertebrados, que além de borboletas inclui também abelhas e escaravelhos.